segunda-feira, 21 de março de 2011

Habilitações Matrimonias AHCMPA

Informamos que, a partir de abril, o AHCMPA disponibilizará para consulta a Série Habilitações Matrimoniais. O acesso a essa documentação terá o seguinte procedimento:

a) enviar e-mail com o nome do casal e provável época do casamento para ahcmpa@gmail.com;

b) aguardar a resposta, via e-mail, informando a existência do processo;

c) dirigir-se ao AHCMPA para a consulta.

Atenção: será permitida a consulta de 3 (três) processos por vez a cada usuário. Após a confirmação da existência do processo, será agendada a data para a consulta.

Atenciosamente,

AHCMPA

CURSOS


Quem estiver em Buenos Aires nos dias 09 de abril e 07 de maio não pode deixar de fazer o  Curso presencial intensivo de Introducción a la Investigación Genealógica. 
O curso será sobre as ferramentas necessárias para descobrir nossas origens, conhecendo os métodos e técnicas para a investigação genealógica.

domingo, 6 de março de 2011

Os Jornais: Carnaval

Os Jornais: Carnaval


                  O Jornal Porto-alegrense “O Independente” (Arquivo Histórico Moysés Vellinho), publicou um artigo em 06 de fevereiro de 1910 com o título: "Homenagem à Momo".
 
                       Aproveitando os festejos do carnaval, a Oficina das Origens com o objetivo de preservar a memória e trazer à luz curiosas notícias do passado, depois de decorridos mais de  cem anos da primeira vez em que veiculada, transcreve aqui um trecho que remete à história do carnaval em Porto Alegre.
                         Nomes, lugares e fatos dessa época serão lembrados, além das fotografias das rainhas dos Clubes da capital gaúcha.
“Homenagem à Momo”
O Carnaval porto-alegrense, nasceu de uma bomba d’agua, que o entrudo traiçoeiro, penetrando nas trincheiras que os irmãos Masson, (Leopoldo e Luiz) haviam construído em um sobrado à rua dos Andradas, em 1870, irrigando à mangueira os transeuntes.

Um caixeiro da botica Luiz Masson, que ficava por baixo do sobrado onde se achavam os irrigadores, á cavaleiro de qualquer investida, deu entrada, por uma porta falsa, que havia na escada, a qual só ele conhecia, á uma legião de entrudeiros comandada pelo Coronel Joaquim Pedro Salgado.

O assalto foi realizado de surpresa, e a provisão d’agua existente no sobrado, serviu para inundar a casa toda, deixando os entrincheirados como pintos depois das enxurradas. A agua atravessando o soalho e forro da parte inferior, irregou as prateleiras da pharmacia Masson, estragando muitas cousas.
O caixeiro, após á capetagem, deu as de villa Diogo, para escapar à indignação do patrão.
Na quarta-feira de cinzas, o saudoso Dr. Amedeu Masson (pai) aconselhou a fundação de uma sociedade para matar o entrudo.
Nasceu então a Esmeralda, creada pelos esforços do Sr. Leopoldo Masson, que, como joalheiro, foi o seu padrinho. E logo apareceu o emulo: Os Venezianos, tendo sido o primeiro Carnaval um estraordinario sucesso. O entrudo foi cohibido e de anno em anno, foi menos jogado, até que desappareceu aquelle brinco bárbaro e brutal, que era sempre acompanhado de crimes.
Recordando este facto, passado há mais de quarenta anos, O Independente, como uma homenagem á creadora do Carnaval, em Porto Alegre, à Esmeralda, estampa em primeiro logar a biografia da actual rainha, Senhorita Alcinda Lewis, neta do scenographo que preparou os carros para a pimeira exhibição da Esmeralda, o Sr. João Manoel Barreto Lewis.
Os verdadeiros fundadores da Esmeralda, acham-se ainda na vida planetária, jà encanecidos, recordando com saudade os primeiros victores que ella conquistou em seu aparecimento em Porto Alegre.
Após essas creações, que tem persistido, com mais ou menos vigor, com menor ou maior entusiasmo, conforme o capricho e o gosto das Directorias, outras surgiram mais tarde. Hoje numerosas são as sociedades carnavalescas existentes nesta capital, disputando-se entre si, pela conquista de palmas e victores. Salientam-se sempre, entre as co-irmãs, a Esmeralda e os Venezianos, tendo estes conquistado a primazia, pelo voto popular, no carnaval passado. Estimulada, a Esmeralda, pretende reaver a sua posição este anno.
Commo meio de estímulo e prova de apreço que dedicamos a outras sociedades mais modestas, verdadeiras folhas virentes do ramo carnavalesco, no qual são flores e jóias, a Esmeralda e Venezianos, damos também, com os retratos das rainhas das primeiras, os das duas rainhas de outros clubs: a do Club Sacca Rolhas e Filhos do Inferno.

Alcinda Cabral Lewis, a gentil senhorita que a Esmeralda escolheu para reinar durante as festas do carnaval de 1910, é uma brilhante prova do quanto vale o cruzamento das raças, na produção de typos de perfeição. Neta remota de filhos da velha Albion, pelo lado paterno, pelo materno corre-lhe nas veias a mistura do sangue luso-brasileiro, resultando dessa mescla operada em quatro gerações, de que ella é a flor, o typo formoso que apresenta, impecável em seus detalhes. O desenvolvimento physico, é, então, admirável, pois não conta ainda 12 annos de idade, e já parece uma moça completa. Nasceu ella a 19 de fevereiro de 1898, na villa de Montenegro, sendo filha legitima do Sr. José Ebwank Lewis e de D. Carlota Cabral Lewis.”

Em continuidade, são citados no artigo os nomes das Rainhas e de três dos Presidentes das Sociedades Carnavalescas: Esmeralda:  Alcinda Lewis – Rainha e Dr. M. T. Barreto Vianna – Presidente; Venezianos: Amelina Chagastelles – Rainha e Tenente Coronel Affonso Massot – Presidente; Filhos do Inferno: Docelina Guedes – Rainha e Coronel Carlos Frederico de Mesquita – Presidente; Sacca Rolhas: Alba Maiato - Rainha.